quinta-feira, 30 de agosto de 2007

MACHADO DE CARLOS


DOIS CORPOS

O raio do abajur iluminou o corpo nu da estrela.

A noite estava negra.

Um cheiro de âmbar fascinava com beijos ardentes de titãs!

Dois corpos e dois uivos de prazer selavam um segredo único eterno.

Até o criado-mudo fechou as pálpebras e as almas invisíveis caíram úmidas.

Ouvia-se uma cálida orquestra.

O anel de camafeu grafou a história:

— Um amor de Romeu e sua Alma Gêmea!

Na queda da montanha-russa, um vácuo e umas nuvens de chuva se perderam num suave colear de anjos eternos!...