sábado, 10 de novembro de 2007

O DESAMOR DO HOMEM




É dolorido ver as ondas furiosas


Do mar,que tantas alegrias me dava,


Lançar entulhos como podres rosas,


Na areia,onde outrora,eu dormitava.


Com a ressaca,amontoam-se os dejetos,


Para a felicidade dos urubus voando


Sobre a morte engendrando projetos


De à beira do mar ficar morando.


Sentem-se como veleiros na angra


Esperando o prêmio do cataclismo


Da poluição que o planeta sangra,


Levando os viventes para o abismo.


Triste está a Terra envolta em brumas


Vendo evaporar a água e o ar puro,


E já não se vê gaivotas nas espumas


Do oceano,futuro deserto escuro,


Morto pela usura do progresso frenético


Esmagando,como um trator,a beleza,


Deixando para trás o quadro tétrico


Do desamor do homem pela Natureza.




DESCONHEÇO