terça-feira, 11 de setembro de 2007

Antonio Miranda Fernandes





O amor é mesmo assim...

Chega sem mandar aviso de chegada


Vem puro,nu,tal criança nascendo,


Ou vem ferido por senda espinhosa


Não bate à porta, entra e se instala.


Surge, anjo azul entoando cânticos;


Da nuvem onde repousava latente


Ansiedade do nosso coração sozinho


Ou andejo triste buscando carinhos.


Faz nosso corpo sempre perfumado


E todo dia ser domingo primaveril


A nossa vaidade mais vaidosa ainda


Sorrimos para o espelho,ele ao lado.


O amor é mesmo assim...


Floresce dum olhar,duma palavra...


Germina dum sorriso ou vem à-toa


Delicado como quem devia vir antes


Jogando-se ou como não querendo nada


O amor é mesmo assim...


Ao chegar traz na bagagem saudade


Ou ele se enraíza para toda a vida,


E saudades serão apenas momentos,


Ou por pouco tempo,e depois parte,


E deixa na gente um estrago danado.


O amor é mesmo assim...