sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Vem !


Preciso abraçar-te com todas as forças do meu ser

Como se fôsse a primeira, a única, a derradeira vez

Preciso afagar teu rosto com doçur

E navegar nestes olhos que me espreitam com ternura

Vem!

Já não suporto os apelos da tua boca tentadora

Quero que me roubes um beijo, a princípio, brando

Mas neste beijo quero sentir voz de comando

E desfalecer só de antever o gozo de outras carícias arrebatadoras

Vem!

E traz contigo as duas metades

A metade humana e a metade fera

Arranca-me de vez do meu insulamento

Rola comigo por desconhecidas ribanceiras

Desperta a esquecida mulher, à tua maneira

Explora sem pudor todas as fendas

Que fores capaz de encontrar dentre as minhas esferas

Vem!

Que o tempo urge

E uma mulher assim abrasada

não espera!

Vem !