terça-feira, 2 de outubro de 2007

DESCONHEÇO


Eu amo, tu amas, ele ama...

Teus olhos são duas sílabas

Que me custam soletrar,

Teus lábios são dois vocábulos

Que não posso,

Que não posso interpretar.

Teus seios são alvos símbolos

Que vejo sem traduzir,

São os teus braços capítulos

Que podem,Que podem me confundir.

Teus cabelos são gramáticas

Das línguas todas do amor,

Teu coração – tabernáculo

Muito próprio,

Próprio de ilustre cantor.

O teu caprichoso espírito,

Inimigo do dever,

É um terrível enigma

Ai!que nunca,

Que nunca posso entender!

Teus pezinhos microscópicos,

Que nem rastejam no chão,

São leves traços estéticos

Que transtornam,

Que transtornam a razão!

Os preceitos de

Aristóteles

Neste momento quebrei!

Tendo tratado dos píncaros,

Oh! nas bases,Nas bases me demorei.