domingo, 23 de setembro de 2007

Autora: Alice Menezes


Amor doente que não tem cura que causa enchente.

Ah, se eu pudesse contigo estar agora,

pisando em nuvens, na imensidão do espaço.

Direcionando-nos ao horizonte de luz.

Só eu e você.

Ah, se eu pudesse ter você,

sem ciúmes de ver alguém que presumo ter.

Ah, quem me dera ir-me,

ao encontro das estrelas em raios de sol,

fecundar meu amor em ti.

Ah se eu pudesse estar ao teu lado,

nas noites de verão em que sinto frio.

Tê-lo sempre ao meu lado,

sem precisar dizer-te até logo!

Ah, quem me dera ver-te ao amanhecer,

volver-me em teus braços, no abraço do corpo

Que a alma revela e leve flutua.

Ah, se eu pudesse ter-te como um pássaro livre,

que ao entardecer recolhe-se,

ao ninho plantado num colchão de espumas.

Ah, se eu pudesse matar a saudade

Que meu pranto revolve,

morrer em mim e em ti viver.

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