domingo, 30 de setembro de 2007

Maria Hilda de J. Alão


PORQUE O AMOR DÓI.
Quero saber porque o amor dói,

porque ninguém a dor evita

e o acolhe mesmo sabendo que róias fibras da alma

e de cinza pintao céu de quem lhe abre as portas.

Como um jogo de fantasiosas cartas,perde-se,

para ele, as muitas apostas,pagas, ao final,

com dores fartas,dos que celebram ao som de trompas

a vinda desse personagem estranho,

que sempre recebe todas as pompas e para fazer sofrer

não tem acanho.

sábado, 29 de setembro de 2007

Maria Hilda de J. Alão

SUEÑOS

Volverán los pájaros a mi ventana
Y,en mi techo,sus nidos colgarán.
Otra vez el canto de cristal se escuchará
Y,en coro angelical,te llamará.
Renacerán las flores en mi jardín
Y todas las tardes,hermosas y perfumadas,
En alfombra suave se convertirán
Y tus pasos encubrirán.
Volverán las dulces palabras.
El sueño,em mi alma,retenido,
El amor estéril,silencioso y sufrido
Hace mucho tiempo escondido,
Harán resurgir los deseos de mi cuerpo.
Absorta,miro al cielo.
Se enciénde una estrella
Y,en su brillo,busco el bálsamo
Que calme mis penas.
Me muerdo los labios,el llanto se me viene,
Porque yo,mujer orgullosa, ¡qué ironía!
A todos decía que por amor no lloraría,
ni de rodillas me pondría delante de una pasión.
Pero mi corazón resguarda la brasa dormida.
Limpio las cenizas.
Quiero verla encendida como
La Llama que alimenta la vida.
Tu nombre,escrito em mi puerta,
Tiene las letras descoloridas
Diciéndome que la pasión se ha muerto
Pero no lo creo.
Quiero aún soñar.
Hoy,inclinada a la ventana
De los recuerdos,triste y solitaria,
Veo pasar como una película,
mis sueños de mujer,
Y,con un puñal clavado en el pecho,
sé que es tarde para volver.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Maria Hilda de J. Alão


O SABOR DO TEU CORPO


Sinto em ti o forte cheiro,

De uma flor deveras especial

Nascida em mágico canteiro,

Que no mundo não tem igual.
O teu corpo tem um gosto

Que sabe a divino manjar,

Feito com os frutos de agosto

Para o meu desejo aguçar.
O teu corpo tem um calor,

Que aquece meu frio interno

É o fogo do grande amor

Que me juraste ser eterno.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Maria Hilda de J. Alão.


A CARTA SOBRE A CAMA

Sinto perfumes tentadores.

No ambiente não há flores.

De onde vêm esses odores?
De violetas multicores

Ou dos sentidos clamores

Das preces dos sofredores
Percorrendo os azulores

De límpidos céus interiores

Depois de dissipadas as dores?
Ou saem de femininos toucadores,

Dos frascos que os trovadores

Presenteavam seus amores?
Serão, por acaso, portadores

De mensagem dos orientadores

Vinda das esferas superiores?
Após muito indagar, tercetizar,

Percebi que os perfumes

Não vinham do céu nem do mar,

Tampouco das flores dos cumes
Das montanhas da saudade,

Mas da carta sobre a cama

Entregue ao cair da tarde,

Pelo homem que me ama.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Marcial Salaverry


Não existe nada mais agradável do que falar sobre sexo.

É algo que sempre dá prazer.

Claro que o prazer maior é praticando.

E os grandes amantes da história nunca se limitaram-se

ao sexo convencional.

O grande barato do sexo,é chegar-se

ao prazer por caminhos alternativos.

E quais seriam esses caminhos?

Vamos procurar mostrá-los com esta trilogia do Sexo.

Iniciando a trilogia, podemos falar sobre o sexo,

digamos, feito em dupla, usando-se

principalmente as mãos.

Vamos observar um encontro de dois amantes

em busca de um prazer diferente.

Eles encontraram-se por acaso.

Sentiram-se atraídos ao primeiro olhar.

Algo como que uma faísca elétrica passou por seus corpos.

Logo um desejo quase que anormal os dominou,e não hesitaram.

Embora mal se conhecessem,aquela atração entre ambos só poderia ter uma seqüência,e procuraram o hotel mais próximo, onde poderiam dar vazão àquele tesão que os dominava.

Ele, amante experiente,quis prolongar ao máximo o prazer, e começou a despi-la lentamente.

A cada peça de roupa tirada,uma carícia feita com suaves toques de seus dedos hábeis.

Assim foi com a blusa,tirou-a,acariciando suavemente

os ombros,os braços.

Abraçou-a suavemente, e com um ligeiro toque, livrou-a do soutien, e começou por acariciar-lhe

os seios com suave pressão de seus dedos.

Olhando-a fixamente, foi baixando as mãos pela cintura,e soltou o fecho da saia, que caiu suavemente no chão.

Tomou-a entre os braços, e a colocou deitada na cama.

Depois de prolongada carícia em suas pernas,retirou lentamente a ultima peça que ainda protegia o sexo já orvalhado pelo desejo.

Como que seguindo um ritual já combinado entre ambos, iniciou uma ligeira e suave massagem com a ponta dos dedos em seu clitóris.

Ela, terrivelmente excitada,

começou a tocar em seu membro já hirto.

E com esse jogo suave, foram prolongando ao máximo o prazer, sentindo orgasmos múltiplos até chegarem ao gozo total.

Depois exaustos, recomeçaram as carícias, massageando-se mutuamente.

Deitados lado a lado, apenas percorriam o corpo com toques suaves, apenas usando a ponta dos dedos, tocando nos pontos mais sensíveis, e foram a pouco e pouco acendendo novamente o desejo.

Aquele sexo praticado apenas com suaves toques das mãos proporcionou a ambos um prazer tão grande, que logo estavam novamente excitados, recomeçando o jogo amoroso, sempre buscando a satisfação apenas com os toques manuais, dando-se mutuamente um prazer total e completo, sem quaisquer riscos de problemas que se pode ter com o sexo dito convencional.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Maria Hilda de J. Alão


Sou sanguessuga voraz que suga

Das brancas folhas os negros caracteres,

E como tenaz garimpeiro me debruço,

Para garimpar tantos tesouros escondidos.

E quando sinto, do querer saber, a punhalada,

Estanco, num átimo, o sangue sofregamente

Entre as linhas, que são finas iguarias

De banquete regado a vinho do conhecer.

Nave que me transporta pelo universo,

Professor que me ensinou a fazer verso,

A questionar a dualidade céu;inferno,

milenar história que jamais findará.

Dourada chave que abre meu horizonte,

Que me fez, quando menina, chorar,

Com a pobre Cinderela no borralho

Presa pela mulher de mau caráter.

Nele não há tédio, só movimento, ação,

Emoção que embriaga e faz pensar.

É um monstro dos milênios cruel e delicado,

Amigo, companheiro, um querido irmão.

Dedo que aponta da sociedade a injustiça,

Voz que pela paz solta estrondoso grito

Que vive e ecoa por trás de cada escrito

Do livro, ouro que nenhum gatuno quer.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Maria Hilda de J. Alão


MEUS SONHOS NUS



Quero vencer todas as barreiras.


Ventos que sopram me desnudem


Lancem-me no profundo abismo


Que é o meu desejo infinito.


Sou fome de boca aberta


A mastigar os silêncios da noite


Despertando, aos gritos,


O meu corpo adormecido.


Tenho a alma em grande sede


Que mergulha no lago fundo


Do suor que me brota da pele


Em busca do divino prazer.


Ardo em fogo.


Fecho os olhos.


As mãos são labaredas que dedilham


Harpas em catedrais de deuses,


Onde, nus, vagam os meus sonhos,


De uns braços atando-me como corda


A um corpo rijo como rocha,


E sua voz forte como a da águi


aGrite, ao universo, a sua vitória,


Ao dominar sob a luminária


Que pende do teto da alcova,


Esta loba que uiva na cova


Em explosões de muito amor...

domingo, 23 de setembro de 2007

Autora: Alice Menezes


Amor doente que não tem cura que causa enchente.

Ah, se eu pudesse contigo estar agora,

pisando em nuvens, na imensidão do espaço.

Direcionando-nos ao horizonte de luz.

Só eu e você.

Ah, se eu pudesse ter você,

sem ciúmes de ver alguém que presumo ter.

Ah, quem me dera ir-me,

ao encontro das estrelas em raios de sol,

fecundar meu amor em ti.

Ah se eu pudesse estar ao teu lado,

nas noites de verão em que sinto frio.

Tê-lo sempre ao meu lado,

sem precisar dizer-te até logo!

Ah, quem me dera ver-te ao amanhecer,

volver-me em teus braços, no abraço do corpo

Que a alma revela e leve flutua.

Ah, se eu pudesse ter-te como um pássaro livre,

que ao entardecer recolhe-se,

ao ninho plantado num colchão de espumas.

Ah, se eu pudesse matar a saudade

Que meu pranto revolve,

morrer em mim e em ti viver.

sábado, 22 de setembro de 2007

PARA TI QUE AMAS


Quando os teus segredos não
cabem mais dentro de ti,

ameaçando romper os diques
de tua alma,

lembra-te que existe alguém disposto a recolhê-lo

e guardá-los com o carinho

e a dignidade que tu esperas.

Para ti que amas

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

AUTOR DESCONHECIDO


MOMENTOS


Festa fria nesta madrugada nua!

Nos lençóis!

Um êxtase bem moderno!

Cai o sereno na virgem toda crua;

A noite é escura e o medo é eterno.

Oh!Sábado!Tua música flutua.

Vara a noite na festa do inferno;

Cai o sereno frio.

Um êxtase da lua;

Virgem,tome o agasalho neste inverno.

Nos sábados a música é quente!

Muito medo.

A madrugada sente!

O rosto é lindo e a alma é uma fera.

Música serena e cheiro de rosa.

Oh! Dama da noite, minha alma cora;

Não és mais virgem.

A festa foi bela!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

VEM...MEU CORPO CHAMA


VEM...MEU CORPO CHAMA POR TI,
MINHAS ENTRANHAS FERVEM,
COMO UM VULCÃO
PRESTES A ENTRAR EM ERUPÇÃO.

QUERO DELIRAR DE PRAZER,
TER ORGASMOS MULTIPLOS
POR CIMA OU POR BAIXO

NÃO IMPORTA A POSIÇÃO
TUDO O QUE EU QUERO,
É FAZER AMOR CONTIGO.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

GONÇALVES RIBEIRO




O homem cansado,sentado à mesa,


sozinho em seu mundo,


faz distraidamente um barquinho de papel.


E o barquinho vai crescendo,


crescendoaté transformar-se num soberbo navio.


O homem embarca apressado e o navio parte vagarosamente,


deixando o tédio sobre a mesa.


E o homem tem agorauma expressão aventureira.


Suas mãos transformaram-se em mares


Para a viagem impossíveldo barquinho de papel.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

AUTOR DESCONHECIDO


Ah! quanta coisa eu faria contigo amor

Se me desses a chance de estar ao teu ladoiria conhecer

e desvendar teus mistérios

Te tatuar no meu coração, com saliva da minha boca

Me prostituir nos caminhos do teu corpo

Te cobrir de beijos e me deixar levar na emutilaçãode

êxtases refletidos na luz dos teus olhos

Que saltitam como fogos ardentes à luz do luar

Correr e navegar pelo teu corpo que me anseia

E pelas tuas mãos, no prazer do teu tato e paladar

Explorar todas as zonas erógenas do teu corpo

Numa prostituição de mulher possuída quase masoquista

Te revelar meus segredos do prazer insano

Te amar por vales verdejantes, antes jamais percorridos

Te lamber até que tivesses sede,

me inundar de água venha!

...Penetre neste mundo desconhecido que te ofereço

Faz dos meus orgasmos tatuagens que arrancam pedaços

Venha! meu corpo é teu, faz dele tua morada

Transforma este refúgio no teu recondito escondido

Onde não existam regras, onde o tempo não exista

Experimentando todas as posições de possuídos

E de entrega, numa suave e louca doação.

Seja meu

...Já sou tua.

Ah! quanta coisa eu faria contigo amorSe me desses a chance de estar ao teu ladoiria conhecer e desvendar teus mistériosTe tatuar no meu coração, com saliva da minha bocaMe prostituir nos caminhos do teu corpoTe cobrir de beijos e me deixar levar na emutilaçãode êxtases refletidos na luz dos teus olhosQue saltitam como fogos ardentes à luz do luarCorrer e navegar pelo teu corpo que me anseiaE pelas tuas mãos, no prazer do teu tato e paladarExplorar todas as zonas erógenas do teu corpoNuma prostituição de mulher possuída quase masoquistaTe revelar meus segredos do prazer insanoTe amar por vales verdejantes, antes jamais percorridosTe lamber até que tivesses sede, me inundar de água
Venha!... penetre neste mundo desconhecido que te ofereçoFaz dos meus orgasmos tatuagens que arrancam pedaçosVenha! meu corpo é teu, faz dele tua moradaTransforma este refúgio no teu recondito escondidoOnde não existam regras, onde o tempo não existaExperimentando todas as posições de possuídosE de entrega, numa suave e louca doação.Seja meu... já sou tua.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

DAMA DE NEGRO


Nas nuvens
Queria poder sorrir outra vez,
Poder olhar para as coisas como antes.
Nada tem mais sentido.
Passo horas lembrando de nós,
Meu coração sente a sua falta, minha alma chora,
Há um vazio dentro de mim!
Sei que você não foi embora por que quis,
Chegou a sua hora,
E você teve que partir!
Passo os meus dias olhando para o céu,
Tentando te ver em uma nuvem ou em uma estrela.
De onde você está eu sei que me vê,
Que sabe que só espero a minha hora,
Para poder estar junto a você.
Juramos amor eterno!
Sei que vou te encontrar,
E quando a minha hora chegar, irei sem medo.
Você virá me buscar,
E nas nuvens vamos eternamente nos amar...

domingo, 16 de setembro de 2007

FOGO E CHUVA


Quando seu corpo se faz
metades lilases a mim oferecidas,

sinto o meu crescer e latejar em chamas

Quando seu corpo serpenteia amarrotando

os lençóis da cama desejando meu sexo faminto

todo meu ser incendeia

e mordo os lábios de ansiedade ao chegar

o gozo como dilúvio inundando nossos corpos colados que se fundem

se inflamam na volúpia entre gemidos e não há chuva que a apague.

sábado, 15 de setembro de 2007

SELMA

Quando as emoções das mais doces carícias acontecem,
diante de você percebo o quanto contempla meu rosto o quanto seu olhar transmite calor.
A emoção consciente de um eterno enriquecimento do próprio sentimento.
É uma alforria com o tempo a mente nem se sente o corpo se deixa levar, tudo se vai!
Só a emoção fica,
nada resiste e este mesmo corpo cai...
Na ternura envolvente se erradia a vida,
uma nova vida em poucos instantes.
Tudo em um só momento
No acontecimento real
Na liberdade passiva que ao seu redor,
nada se vê...
tudo é esquecido e só existe você e quem te faz assim.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

MEU CORAÇÃO


Não sei porque meu corção se enche de angústia

a distancia me faz querer odiar-te

Odiar o jeito que você ri e me faz sorrir

Ignorar o carinho que tenho por ti

e o carinho com que me toca

Esquecer cada momento,cada beijo.

Mas a verdade é que

quanto mais tento te esqueer mais perto de você estou

Quanto mais quero ignorar o carinho,

masi profundos são seus toques

Quanto mais quero odiar-te

Maior meu sentimento

Não sei dizer

porque?

Apenas te amo.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

SONETO DO AMOR DEMAIS


Não, já não amo mais os passarinhos

A quem triste, contei tanto segredo

Nem amo as flores despertadas cedo

Pelo vento orvalhado dos caminhos.
Não amo mais as sombras do arvoredo

Em seu suave entardecer de ninhos

Nem amo receber outros carinhos

E até de amar a vida tenho medo.
Tenho medo de amar o que de cada

Coisa que der resulte empobrecida

A paixão do que se der à coisa amada
E que não sofra por desmerecida

Aquela que me deu tudo a vida

E que de mim só quer amor - mais nada.
(Vinícius de Moraes)

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

MEU AMOR


Meu amor vêm pra mim
Eu quero saber
Onde estou,aonde ir
Sem você aqui

Nosso amor é real
não é ficção
Não adianta,
eu não vou
te deixar...fugir

Nunca mais
Nunca mais

Meu amor vêm pra mim
Eu quero saber
Onde estou,aonde ir
Sem você aqui.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Antonio Miranda Fernandes





O amor é mesmo assim...

Chega sem mandar aviso de chegada


Vem puro,nu,tal criança nascendo,


Ou vem ferido por senda espinhosa


Não bate à porta, entra e se instala.


Surge, anjo azul entoando cânticos;


Da nuvem onde repousava latente


Ansiedade do nosso coração sozinho


Ou andejo triste buscando carinhos.


Faz nosso corpo sempre perfumado


E todo dia ser domingo primaveril


A nossa vaidade mais vaidosa ainda


Sorrimos para o espelho,ele ao lado.


O amor é mesmo assim...


Floresce dum olhar,duma palavra...


Germina dum sorriso ou vem à-toa


Delicado como quem devia vir antes


Jogando-se ou como não querendo nada


O amor é mesmo assim...


Ao chegar traz na bagagem saudade


Ou ele se enraíza para toda a vida,


E saudades serão apenas momentos,


Ou por pouco tempo,e depois parte,


E deixa na gente um estrago danado.


O amor é mesmo assim...

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Bocage


Nada Se Pode Comparar Contigo
O ledo passarinho que gorjeia

Da alma exprimindo a cândida ternura

O rio transparente, que murmura,

E por entre pedrinhas serpenteia:

O sol, que o céu diáfano passeia;

A lua, que lhe deve a formosura,

O sorriso da aurora alegre e pura.

A rosa, que entre os zéfiros ondeia;

A serena, amorosa primavera,

O doce autor das glórias que consigo,

A deusa das paixões, e de Citera:

Quanto digo, meu bem, quanto não digo,

Tudo em tua presença degenera,

Nada se pode comparar contigo.

domingo, 9 de setembro de 2007

LUCAS E ALLEN C. LIMA {VOU TE AMAR}


Pode ser pelo brilho do teu olhar

Não consigo parar de te beijar

O teu rosto me chama, tua voz me guia

Da tua vida não vou me afastar

Eu sei que é difícil de entender

Vou tentar te fazer me compreender

Desse jeito te quero e eu sinto

Que sem ti eu não posso viver


Nosso amor não é feito pra pensar

Não tem dia, horário ou lugar

Sempre com emoção e com muita paixão

Sob chuva e sol, sob o luar

Nosso amor não é feito pra pensar

Não tem dia, horário ou lugar

Sempre com emoção e com muita paixão

Sob chuva e sol, sob o luar


Vou te amar

Teu perfume em minha mente está

Tua boca me diz, vem me beijar

Me aconchego em teus braços

E meu mundo se resume em te acariciar

Nosso amor não é feito pra pensar

Não tem dia, horário ou lugar

Sempre com emoção e com muita paixão

Sob chuva e sol, sob o luar

Nunca vou te esquecer

Tu és linda de viver

Não importa o que o mundo inteiro diz

Só contigo eu vou ser feliz

Nosso amor não é feito pra pensar

Não tem dia, horário ou lugar

Sempre com emoção e com muita paixão

Sob chuva e sol, sob o luar

Nosso amor não é feito pra pensar

Não tem dia, horário ou lugar

Sempre com emoção e com muita paixão

Sob chuva e sol, sob o luar


Vou te amar

sábado, 8 de setembro de 2007

Antônio Miranda Fernandes


O céu esvaecido em garoa fina corpo curvado ao frio caminha

Embaçando a verdade no olhar da face triste andeja por andar

O vento que fustiga rosto triste maltratando, no castigo insiste,

Uivando entre prédios gelados algoz feroz de açoites soprados

Misturado ao mundo caminha no novelo da moira como sina

Andar trôpego pelo abandono se...

Desperto, parece ter sono e soma-se a casacos, sapatos,

Faróis de automóveis ingratos,Guarda-chuvas, tosses, passos inseguros vão,

descompassos outros passam rápidos,

a esmo seguem fugindo de si mesmos

Necessidade de debandar sempre a lugar algum; fuga permanente...

Gente que se esbarra, apinhada,

teimosa caminhada para o nada em prognóstico de mau agouro,

Rebanho tangido ao matadouro.

Tantas cabeças, pernas e braços onde poderia deitar seu cansaço?

Na multidão não vê ombro amigo peito quente que fosse um abrigo mão que no seu braço pousasse como bússola o norte apontasse

entregar-se-ia em suspiro profundo

Com forças para vencer o mundo.

As luzes de néon multicoloridas...

Raios de mil cores tremeluzidas...

Asfalto molhado reflete lucilando

Espelhando o mundo vai brotando,de cabeça para baixo, mais gente...

Mais urbanos zumbis indiferentes e não vê ombro amigo ou abraço

Onde pudesse deitar seu cansaço olhares nos olhares sem desvios

Olhando nos olhos sem desafios...

Passos fossem os mesmos passosSem oco, sem eco,

aí seriam laços para seguirem juntos aonde fosse ó buscado par de entrega e posse...

Mas urdidor desfeito na multidão,vai-se agregado à mesma solidão.

Gente, vozes, alaridos e clamores as ladainhas da massa de odores,

ironia da vida em sociedade urbanaIgrejas, buzinas, crenças profanas

Onde sobejam companhias alugadasPara trocas de conversas amargas

E da feiúra de fato por falsa beleza pernas roçadas por baixo das mesas taças embaçadas de dores igualadas na fuga da bebida tomada às goladasAo som de música viciada e asfixiada

Pela amarelenta fumaça assoprada...

Engolida, sussurrada e também cuspida dos cigarros que levam nacos de vida trocados por fatias breves de atenção o que importa?

Mesmo sendo ilusão?

Nascido humano.

Vivente desumano tal como teatro, quando desce o pano cada qual com sua verdade ou mentira,tanto faz, o que importa é cingir a lira.

Solidão implacável o corpo frangalhaAndou pela vida buscando a migalha

Que sentisse:

-O abandono, frio e fome...

Um ser querido e soubesse seu nome...

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

AUTORA: SELMA


INTIMIDADE


Nós vivemos e o tempo marca nosso vôo.

Os passos dados registram dentro de sí

os movimentos do lado de fora.

Fazem que nossos seres captem energias do ar,

entrando como espada,

deixando o corpo cair provocando sensações maravilhosas.

Uma intensa intimidade com o espaço,

muito além do nosso universo...

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

MARIO QUINTANA


BILHETE


Se tu me amas, ama-me baixinho

Não o grites de cima dos telhados

Deixa em paz os passarinhos

Deixa em paz a mim!

Se me queres,enfim,tem de ser bem devagarinho,

Amada,que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

ANTONIO MIRANDA FERNANDES


Anoite se estendia pela cidade

Que se aquietava na mansidão.

Eles passeavam de braços dados

Diante de portas abertas.

Salas iluminadas,música de viola

Samambaias de metro nas varandas.

Ela, levitando de felicidade,ia um pouco inclinada para frente

E, vez ou outra, segurando a saia de lado,

Saltitava com um pé só e graça lajota da calçada, jogando amarelinha.

E ria,e quase o desequilibrava

Rodopiando na inesperada ciranda.

Às vezes, equilibrista no meio fio

Andava de braços abertos e passos largos,de bailarina.

Nas pontas dos pezinhos com leveza da garça

E assoprava arremedo de assovio no “atirei o pau no gato-to-to”.

Perdia o prumo,curvava e rindo como menina, voltava e recomeçava.

Na praça casais apaixonados,abraçavam-se em beijos apressados

No fluir do tempo célere.

Entraram numa lanchonete.

Ele café,ela sorvete de creme ao run na casquinha.

Pazinha de madeira e tudo brincadeira continuaram andando e conversando.

Enquanto janelas eram cerradas sobre jardineiras de gerânios e malvas,sob luzes amarelas de lampiões presos a paredes caiadas

Na volta, já com a estrela Dalva chamando as cadentes com pedidos,ela parou num repente e pediu,colando seu rosto no rosto dele.

“Psiu, ouça o trem que me leva nua para ser sua.

”Ele aguçou os sentidos e olhou o silêncio do lusco-fusco para escutar

Só ouviu o aroma da dama da noite e, nos jardins, grilos que iam embora.

Então, ela com o olhar enternecido,a mão úmida e ardente de emoção pegou a mão dele e delicadamente,pousou-a sobre o seu coração.

“Querido,meu querido,ouve agora?”

terça-feira, 4 de setembro de 2007

VOCÊ MENINO


Tem horas que parece um menino desprotegido,

que se envolve entre os meus abraços

e se aconchega no meu peito.

Mimado ao mesmo tempo carente.

Um menino...

que se encontra por trás desse corpo homem,

deste corpo adulto e forte.

Você que ama, grita batalha

e vence é a vida que se faz presente.

Dentro de seu íntimo não é só um menino é um amante...

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

AUTOR DESCONHECIDO


FIM

Só restou em mim um vazio profundo...

...um gosto amargo de saudade na boca...

...do beijo que não recebí...

...de suas mãos que não sentí...

...seu cheiro , seu corpo suado e arfante do gozo quente que não me invadiu.

Restou um corpo que te quer...

...um prazer pela metade,a vontade de ter você.

Quem sabe um dia...

...nós nos reencontremos e juntoscompletaremos o que não teve fim.

domingo, 2 de setembro de 2007

ROSE MARY SADALLA


Em tardes quentes de verão

Na cama amarrotada e suada de nossas remexidas

Exalo amor no calor ardente do teu corpo

Minhas entranhas carnudas e vibrantes

Te recebem e sugam em delírio o teu corpo viril

Os lençóis soltos do colchão pelo chão

Se desordenam na dança alucinante do meu ventre

Os ventos quentes gemem de prazer

Bálsamo de rosas espalhadas pelo quarto

Exalam um floral paradisíaco de doer a alma

Me entrego totalmente às loucuras e orgias

No perfumes das rosas e pensamentos loucos

Na minha nudez em teus olhos, nos beijos que te dou

Deleita-se minha alma na suave excitação da carne

Igual sangue que pulsa entre sussurros e suspiros

Deito-me nesta tarde quente de verão

E desabrocho em Rosa eternizando esta paixão.

sábado, 1 de setembro de 2007

INTIMIDADE


Nós vivemos e o tempo marca nosso vôo.

Os passos dados registram dentro de sí os movimentos do lado de fora.

Fazem que nossos seres captem energias do ar,

entrando como espada,

deixando o corpo cair provocando sensações maravilhosas.

Uma intensa intimidade com o espaço muito além do nosso universo.